Você tá ali, conversando com a pessoa todos os dias, emoji vai, emoji vem, planos surgem, clima bom… e de repente: silêncio total. Nada. Nenhuma resposta. Nenhum aviso. Só aquele vácuo esquisito que machuca mais do que se a pessoa tivesse dito “não quero mais”. E o pior? Você fica tentando entender onde errou, como se a culpa fosse sua.
“Ghosting” virou quase normal nas relações de hoje, mas olha… não tem nada de normal nisso. É sumiço disfarçado de liberdade, e pode deixar marcas profundas.
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Por que o ghosting dói tanto?
Pode parecer “só um sumiço”, mas pra quem sente na pele, é bem mais que isso. O ghosting ativa aquele sentimento de rejeição bem fundo, sabe? A mente entra num looping de suposições: “falei demais?”, “não devia ter sido tão disponível?”, “ele(a) só me usou?”. A verdade é que ficar sem resposta machuca mais do que um não dito na cara.
É como se o outro dissesse, sem dizer: “você não merece nem uma despedida”. E isso mexe com a autoestima de qualquer uma. Já teve amiga que ficou dias sem dormir, revendo mensagens, tentando entender onde as coisas desandaram. Vai por mim… não vale esse desgaste todo.
Quem faz ghosting e por quê?
Nem sempre quem some é uma pessoa cruel. Às vezes, é só alguém que não sabe lidar com conflitos ou tem medo de se mostrar vulnerável. Mas isso não justifica, né? Sumir sem explicar é um jeito imaturo (e até covarde) de fugir do desconforto.
Tem também quem idealiza demais no começo, se empolga, promete o mundo… e quando a emoção passa, perde o interesse do nada. Em vez de encarar a responsabilidade de encerrar aquilo com respeito, prefere desaparecer. Tipo criança que esconde a bagunça debaixo do tapete.
O que fazer quando isso acontece?
A vontade é correr atrás de resposta, mandar aquele textão, tentar entender. Mas, olha só: se a pessoa não teve consideração pra conversar, ela também não merece seu esforço pra entender o motivo do sumiço.
Tenta seguir esse caminho aqui:
- Não se culpe. A culpa nunca é sua por alguém não saber se comunicar.
- Se afaste das redes sociais dessa pessoa (silenciar ajuda muito).
- Converse com amigas. Às vezes, só falar já alivia o peso.
- Cuide do que você sente, não do que ficou sem resposta.
A dor não desaparece da noite pro dia, mas quando você se escolhe de novo, aos poucos ela vai perdendo a força.
O perigo de normalizar o ghosting
Hoje em dia, parece que sumir é “aceitável” só porque acontece com todo mundo. Mas não é. Aceitar isso como normal é ensinar as pessoas que tudo bem desrespeitar sentimentos alheios.
E pior: quando a gente normaliza esse tipo de comportamento, passa a se proteger demais e confiar de menos. Vira um ciclo. E quem mais perde nisso tudo? A conexão de verdade, que deixa de acontecer por medo de se machucar.
Como evitar cair nessa de novo?
Não tem receita pronta, mas alguns sinais servem de alerta. Sabe quando a pessoa é intensa demais logo no começo, promete mundos e fundos? Cuidado. Nem todo mundo que acelera no início vai continuar ali depois.
Outros sinais que merecem atenção:
- A pessoa some e aparece como se nada tivesse acontecido.
- Faz você sentir que sempre tá cobrando, mesmo sem pedir nada.
- Não fala sobre sentimentos nem sobre o que quer.
O ideal? Conhecer no tempo certo. Nem rápido demais, nem devagar demais. E principalmente: valorizar quem é constante, não quem só te procura quando convém.
Ghosting em relações longas: sim, também acontece
Acha que isso só rola em contatinhos? Nada disso. Tem gente que vive anos num relacionamento e, do nada, o outro some ou termina sem explicação. Acontece com amigas, conhecidas, celebridades.
Quando o ghosting vem de alguém que era parte do seu cotidiano, o baque é ainda maior. Porque não é só sobre ausência de resposta, é sobre ter que ressignificar tudo que foi vivido. E isso exige uma força absurda.
Nesses casos, o processo de cura costuma ser mais longo. Mas também é uma chance de reconstruir com mais firmeza, do jeito que você merece.
Aprender a se blindar sem se fechar
Ficar mais atenta depois de um ghosting é normal. A gente se protege. Mas tem um ponto que é importante: não transforme a dor em muro. Uma coisa é ser mais cuidadosa. Outra é levantar barreiras pra não se machucar nunca mais.
Amar e se relacionar sempre envolve riscos. A diferença é que, agora, você já sabe reconhecer sinais, se valorizar primeiro, e sair antes de perder sua paz.
Quando for você quem quer se afastar…
Se em algum momento você sentir que não quer mais seguir com alguém, lembra disso tudo. Some não. Fala. Mesmo que pareça difícil. Mesmo que o outro reaja mal. Ter consideração é o mínimo.
Você não precisa justificar demais, nem manter vínculo que não quer. Mas um simples “não tô mais na mesma vibe” já faz toda diferença. Respeito não custa nada, mas diz muito sobre quem a gente é.
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